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sábado, 5 de fevereiro de 2011

Eu vou andando,

esse caminho reto que não tem fim, apenas à procura de uma curva para sair da mesmice. E às vezes chovem lágrimas, as minhas lágrimas, que se tornaram maiores do que eu. As cicatrizes profundas, um buraco que não se fecha. E palavras são jogadas ao vento em busca de algum ouvido que possa ouvi-las. Eu grito por socorro e ninguém me ajuda, eu chamo por um nome e ninguém chega. O vento é a unica coisa que posso tocar, e assim eu vou procurando nele a tua forma. A cada passo tento encontrar aquele rosto que não vi, aquela companhia que tanto esperei. As minhas malas já estão tão pesadas e não há com quem dividir esse peso, eu tenho que seguir sozinha. Minhas músicas já perderam o sentido e já nem me completam mais. Mas a estrada não acaba e mesmo sendo tudo tão reto eu não sei mais para onde ir. Cansei de andar sozinha, de sentir meu coração bater forte e não ter ninguém para acalmá-lo. Às vezes eu paro no caminho e sento naquele chão tão vazio. Procuro refletir sobre tudo, mas não há mais nada para pensar. A cada passo as coisas somem, a cada parada o vazio aumenta. E eu estou aqui agora, tentando decifrar os mistérios do meu ser. 


Roberta Rodrigues

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